Revista Eletrônica de Musicologia

Volume VIII - Dezembro de 2004

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As estruturas de conjuntos na técnica de doze sons.
Mini-suite
n. 1 de José Penalva: análise e performance

 

Cintia Macedo Albrecht (UNICAMP)

Maria Lúcia Pascoal (UNICAMP)

 

O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise da estrutura de conjuntos de sons na Mini-suite n. 1 para piano, de José Penalva (1924-2002). Faz parte de uma pesquisa maior, que investiga material e técnicas de composição representativas para a música do século XX e as possíveis convergências entre os compositores brasileiros. A necessidade de se desenvolver a bibliografia sobre teoria da música, análise e música do século XX no Brasil e a direta aplicação que poderá apresentar ao conhecimento musical, justificam tanto o desenvolvimento desta pesquisa como sua comunicação. A Metodologia constou de várias fases, como: estudo da  bibliografia sobre história, música brasileira, teoria e análise; leitura e análise das peças e sugestões para a interpretação. A conclusão aponta que a análise segundo a teoria dos conjuntos se revelou eficiente para esclarecer o uso do material nas peças e para a compreensão do uso da técnica de doze sons por um compositor brasileiro, bem  como este estudo pode trazer também resultados animadores para a performance das peças.

 

Introdução

A música das primeiras décadas do século XX se caracteriza pelas muitas inovações a que se lançaram os criadores musicais, na procura de novos sons que não mais se estruturassem no universo tonal. No estudo das várias novas técnicas de composição praticadas, é possível salientar o tratamento do material, considerando: a diversidade de escalas utilizadas; as formações de acordes independentes de relacionamentos entre si e com um centro; os acordes formados por intervalos variados, não mais uma organização por terças; as diferentes configurações ritmico-melódicas e o uso da textura e do timbre como formadores da estrutura. Isto tudo vai influenciar o formato, ou a macro-estrutura de uma peça, pois esta muitas vezes será determinada por esse material. O historiador Paul Griffths comenta a respeito da música desta época, como a possibilidade de existirem muitos meios e objetivos em contínua expansão, os quais se abrem como um leque e não mais a linguagem comum conhecida de tempos anteriores, articulada em uma corrente única de desenvolvimento (GRIFFTHS, 1987, p. 23).

Entre as muitas linhas seguidas na composição do início do século, este trabalho focaliza Arnold Schoenberg, quando em um de seus textos observa que consonância e dissonância passam a significar novos conceitos. Schoenberg cria o termo ‘emancipação da dissonância’, considerando  que o mesmo “se refere à compreensibilidade, equivalente à da consonância. Um estilo com base nessa premissa trata as dissonâncias como consonâncias e renuncia a um centro tonal” (SCHOENBERG, 1984, p. 214).  

Uma das maneiras de organização do material musical no início do século XX foi o processo hoje conhecido por serialismo, isto é, combinações de poucas alturas que se desenvolviam em movimentos horizontais, verticais e em transposições (SIMMS, 1995, p. 68). Isto representou uma radical mudança no pensamento musical, uma vez que esses poucos sons atuam nas linhas melódicas, nos acordes, nas polifonias, apresentando-se de variadas formas. Como exemplos, são característicos, de Schoenberg – Peças para piano op. 11 n. 1, de 1910 e Pierrot lunaire (“Nacht” n. 8), de 1914, entre outras, que trabalham idéias tendo por base séries de três sons.

Schoenberg relata que, depois de tentativas durante um período aproximado de doze anos, trabalhando séries de sons, conseguiu chegar a uma possível sistematização do material sonoro, criando o que ficou conhecido como Dodecafonismo ou Técnica de Doze Sons, o que chamou de “Método de compor com doze sons relacionados apenas um ao outro”. O processo consiste no uso constante e exclusivo de um conjunto de doze sons diferentes. Usa os sons da escala cromática, porém formando uma série criada especialmente para cada composição. O compositor explica como são ilimitadas as possibilidades de tratamento dos elementos musicais, como melodias, temas, frases, motivos, figuras e acordes, em transposições cromáticas e através do uso da série em todas as suas formas (SCHOENBERG, 1984, Op. cit. p. 226). Essas formas são os tratamentos e as leituras da série original em suas quatro possibilidades básicas, indicadas por seus símbolos, como:

Tudo isso poder ser tratado nas doze transposições cromáticas.

A primeira peça escrita inteiramente nesta técnica é Schoenberg - Suite op. 25, para piano, de 1925.

A técnica criada por Schoenberg sempre causou polêmica entre músicos, compositores e críticos, na Europa e mais tarde nos EUA, onde o compositor passou a residir a partir de 1933, até sua morte em 1951. Porém, entre os que adotaram a técnica dos doze sons na época de sua criação e adaptaram-na às suas propostas de composição, contam-se Alban Berg e Webern – que com Schoenberg, constituem a Segunda Escola de Viena - Casella, Dallapicolla e Kreneck, entre outros. Muitos compositores usaram a técnica de doze sons, tanto nesta como em outras épocas, como Stravinsky, em peças entre as décadas de 1950 e 1970. A técnica de doze sons se desenvolveu mais tarde no Serialismo integral, representou sempre uma ruptura e foi praticada em graus de mais e menos liberdade. Essa técnica foi utilizada também por compositores nos EUA e na América Latina.

No Brasil, o uso da Técnica de doze sons está diretamente ligado a Hans Joachin Koellreutter, músico alemão de significativa e intensa atuação entre nós por várias décadas a partir do final dos anos 30.  Criador do Movimento Música Viva, primeiramente no Rio de Janeiro, depois em São Paulo e em outros pontos do país,  incentivou a divulgação do repertório da música do século XX em concertos e programas radiofônicos. Koellreutter foi particularmente atuante no ensino musical, criando festivais e cursos que ampliaram e renovaram o estudo de música, com marcada influência em gerações de músicos brasileiros. Em toda essa atividade, procurava adequar e desenvolver suas experiências à nova realidade, encontrando um ambiente propício, pois suas idéias atendiam a uma necessidade de renovação e dinamismo que já se expressavam em outros setores. Apesar da importância do Movimento Música Viva, o musicólogo que mais o estudou até agora, Carlos Kater, afirma que, salvo poucas exceções, pouco espaço lhe é dedicado na bibliografia específica, tanto nacional como estrangeira (KATER, 2000, p. 13, 47).

Entre os compositores brasileiros que trabalharam a Técnica de doze sons, desdobrando-se por várias gerações, contam-se  entre outros e além do próprio Koellreutter, os nomes de Aylton Escobar, Claudio Santoro, Damiano Cozzella, Edino Krieger, Ernst Mahle, Estércio Marques da Cunha, Eunice Katunda, Gilberto Mendes, Guerra Peixe, José Penalva, Luiz Carlos Vinholes, Luiz Cosme e Willy Corrêa de Oliveira.

Este estudo se justifica a partir do reconhecimento da necessidade de se desenvolver a bibliografia sobre teoria da música, análise e música do século XX no Brasil e a direta aplicação que poderá apresentar ao conhecimento musical. Considerando-se:

a. as mudanças que a Técnica de doze sons introduziu no pensamento musical;
b. o estudo de um repertório de música brasileira;

Ao analisar uma peça colocam-se as questões: que elementos formam as estruturas musicais? como esta técnica foi praticada por compositores brasileiros?

A base teórica parte de textos históricos de Schoenberg e Webern  (1984) sobre a técnica de doze sons, passa pelos específicos de teoria, como Kostka (1999)  e Turek (1996), estudando o material e as técnicas de composição no século XX, para os de teoria dos conjuntos de sons em Lester (1989) e Straus (2000). A música brasileira considerada principalmente nos aspectos históricos em Vasco Mariz e os estudos sobre movimentos musicais em direção à modernidade, de Carlos Kater (2000). A Metodologia constou de várias fases, como: estudo da  bibliografia sobre história, música brasileira, teoria e análise; leitura, análise e interpretação das peças.

José PENALVA - Mini-Suite no.1

Dentre os estudos musicológicos que citam e analisam a música de José Penalva, encontramos esta peça no catálogo comentado (PROSSER, 2000, p. 33), na antologia sobre compositores brasileiros para piano de 1950-88 (GANDELMAN, 1997, p. 213), nas dissertações de Mestrado sobre aspectos interpretativos da obra pianística (FREGONEZE, 1992, p. 11-21) e na que seleciona peças de música contemporânea brasileira para o estudo de piano (DELTREGIA, 1999, p. 106).

José PENALVA (1924-2002) –  Mini-Suite no.1 “Série 12 Tons”  (São Paulo: Ricordi, 1968)

1 – Introdução
2 - Ciranda
3 – Modinha
4 – Valsa              

Referindo-se às Mini-suites n. 1 e 2 e Versetos, da coleção “Série 12 tons”, o compositor informa na partitura que as peças “procuram combinar elementos do folclore, através de suas constâncias, com a série dodecafônica. São utilizados vários tipos de manipulação das séries: ornamentação de 5as., 4as., 7as. e 8as., deslocamentos, além de inversão e retrogradação”  (PENALVA, 1968, contracapa).

Introdução

Os passos da análise foram descobrir:

a. a série e suas formas;
b. o contorno melódico;
c. os conjuntos.

Há uma única série apresentada na sua forma original no Exemplo 1.

0. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11

Exemplo 1. José Penalva. Mini-Suite n. 1. Série original de doze sons (O)

A série está na sua forma original, nos compassos 1 a 3 (Exemplo 2). Considerando-se pela Teoria dos Conjuntos, observa-se que logo depois da série apresentada e  até o início do compasso 3, as três últimas notas da série, La, Sib e Mi, são enfatizadas com repetições desses sons em dinâmicas, ritmos e registros variados até o final da Introdução.

Exemplo 2. José Penalva. Mini-suite. Introdução. Copyright by José Penalva, 1969.

A importância dada a um grupo de três notas, evidencia a possibilidade de considerá-lo o conjunto predominante na Introdução. Apresentado no Exemplo 3, a partir do  contorno melódico, na ordem normal (ON), inversão (I) e forma primária (FP). Por essa operação conclui-se que o conjunto é 0,1,6 ou sua síntese, 3-5 a quinta possibilidade de um conjunto de três sons ou um tricorde, segundo a classificação de Allen Forte.[1]

Contorno melódico   

ON               I                 FP              3-5

Exemplo 3. Operações para se descobrir  conjuntos.

Sugestões ao intérprete

Esse contorno melódico representa algo a ser enfatizado, ou seja, elemento importante na Introdução. As indicações de dinâmica precisam ser bem trabalhadas e também contribuem para o intérprete ter mais consciência dos três sons. 

Ciranda

Nesta peça, o compositor divide os doze sons em duas partes iguais, como dois conjuntos maiores de seis sons cada, como podemos ver no Exemplo 4.

Conjunto 1 . . . . . . Conjunto 2

Exemplo 4. José Penalva. Mini-suite n. 1. Ciranda. Série dividida em duas partes.

Comparando-se os contornos melódicos dos dois conjuntos da Ciranda à Introdução, nota-se que a peça se inicia na segunda metade da série original, já apresentada na primeira peça. Nos compassos 1 (com anacruse) e 2 encontra-se o conjunto 2 (segunda parte da série). Nos compassos  3 e 4 – o conjunto 1 (primeira parte da série). No 5 (com anacruse) e 6, o conjunto 2  (segunda parte da série) até a nota Mi e a partir de então, o conjunto 2 no  retrógrado. Quanto ao ritmo, seu contorno é o mesmo da canção conhecida.

Exemplo 5. José Penalva. Mini-suite n. 1. Ciranda.

Sugestões ao intérprete

O conhecimento da série dividida em dois conjuntos mostra a necessidade de interpretar os contornos melódicos em fraseados maiores, dando uma continuidade ao ritmo representado pelas colcheias.

Modinha

Na Modinha, os conjuntos foram formados a partir da idéia de três sons, que é ainda mais constante na peça. No Exemplo 6, são claras as ocorrências da idéia de contornos melódicos de três sons.

Exemplo 6. José Penalva. Mini-suite n. 1. Modinha.

A Tabela 1 mostra que os conjuntos 3-8 e 3-5, formados respectivamente por 0,2,6 e 0,1,6 continuam a aparecer com freqüência entre os compassos 1-4 e 4-9. Como já vimos, o segundo foi o principal da Introdução

CC. 1-4: [ 0,2,6 ]  
  [ 0,2,4 ]
  [ 0,1,5 ]
  [ 0,1,2 ]
  [ 0,2,6 ]
  [ 0,2,4 ]
   
CC. 4-9: [ 0,2,6 ]
  [ 0,2,4 ]
  [ 0,1,5 ]
  [ 0,2,6 ]
  [ 0,2,6 ]
  [ 0,1,6 ]
  [ 0,1,6 ]

Tabela 1. José Penalva. Mini-suite n. 1. Modinha. Conjuntos.

 

Sugestões ao intérprete

Uma vez encontrados os conjuntos, é possível entender melhor o lugar dos contornos de três sons no fraseado. Os apoios rítmicos também ficam mais evidentes. Nos compassos 3 e 4, os retângulos em azul do Exemplo 6, mostram contornos que se entrelaçam. Nesse momento será importante ter consciência da existência de cada um deles sem tirar a continuidade de interpretação da linha melódica formada até a fermata. As marcações de dinâmica, crescendos e diminuendos ajudam a definir como as frases determinadas por ligaduras devem ser interpretadas, mesmo com tantos elementos menores que as compõem.

Valsa

Na Valsa é possível notar a presença de conjuntos vistos anteriormente, sendo os de três sons os principais: [0,2,6] e [0,1,6]. Além disso, há a inclusão de um conjunto maior que contém os doutros dois, transformando estes em subconjuntos, como vemos nos Exemplo 7, 8 e 9.

Exemplo 7. José Penalva. Mini-suite n. 1. Valsa. Compassos 1-3.

Exemplo 8. José Penalva. Mini-suite n. 1. Valsa. Compassos 7-10

Exemplo 9. José Penalva. Mini-suite n. 1. Valsa. Compassos 15-18.

 

Sugestões ao intérprete

O intérprete deve manter bem conscientes as idéias de conjuntos desta Valsa que, no ritmo e nos desenhos descendentes do contorno melódico conserva movimentos descendentes, uma das preferências da música urbana brasileira já apontadas por Mário de Andrade.[2] As articulações também ajudam a compreensão dos conjuntos.

Conclusão

Nas quatro peças da Mini-suite n. 1, dois conjuntos estão presentes, como células que estruturam as peças. Eles partem da série de doze sons e se constituem nos contornos melódicos que caracterizam cada uma. A Introdução apresenta a série e um conjunto de três sons, a Ciranda traz a série dividida em duas partes, a Modinha trabalha conjuntos com as três primeiras e as três últimas notas da série e a Valsa reúne os anteriores como subconjuntos de um maior, conforme podemos ver no Exemplo 10.

Exemplo 10. José Penalva. Mini-Suite n. 1. Série e conjuntos.

Isso demonstra como  foi possível entender a estrutura da peça, na representação de sua unidade e como o compositor utilizou pequenos conjuntos na série de doze sons no aproveitamento de ritmos e características melódicas da música brasileira. Essas considerações formaram a base das sugestões ao intérprete, tornando a interface análise/interpretação uma realidade enriquecedora.

 

Referências Bibliográficas             

ANDRADE, Mário de. Ensaio sobre a música brasileira. São Paulo: Martins, 1972.

DELTRÉGIA, Claudia Fernanda. O uso da música contemporânea na iniciação ao piano. Dissertação de Mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1999.

FREGONEZE, Carmen Célia. A obra pianística do Padre José Penalva. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: UFRGS, 1992.

GANDELMAN, Salomea. 36 compositores brasileiros. Rio de Janeiro: Funarte/Relume Dumará, 1997.

GRIFFTHS, Paul. A música moderna: uma história concisa e ilustrada de Debussy a Boulez. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.

KATER, Carlos. Música Viva e H. J. Koellreutter. Movimentos em direção à Modernidade. São Paulo: Musa, 2000.

KOSTKA, Stephan. Materials and Techniques of Twentieth Century Music. Upper Saddle River: Prentice-Hall, 1999.

LESTER, Joel. Analytic Approaches to Twentieth Century Music.  New York: Norton, 1989.

MARIZ, Vasco. História da Música no Brasil. 5 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

PROSSER, Elizabeth Seraphim. Um olhar sobre a música de José Penalva. (catálogo comentado). Curitiba: Champagnat, 2000.

SCHOENBERG, Arnold. Style and Idea. Los Angeles: University of California Press, 1984.

SIMMS, Bryan. Music of the Twentieth Century. Style and Structure. New York: Schirmer, 1995.

STRAUS, Joseph. Introduction to Post-Tonal Theory. Upper Saddle River: Prentice-Hall, 2000.

TUREK, Ralph. The elements of music. Concepts and applications. New York: Mc Graw-Hill, 1996.

WEBERN, Anton. O caminho para a música nova. Trad. Carlos Kater. São Paulo: Novas Metas, 1984. 

Partitura:

PENALVA, José. Mini-Suite no.1. São Paulo: Ricordi, 1969. Reprodução autorizada.

 

Cintia Costa Macedo Albrecht cursa Doutorado em Música (UNICAMP), sob orientação do Prof. Dr.  Rafael dos Santos. É graduada em Piano Performance pela Oakland University, Michigan (EUA). Atuou como solista de orquestras como a Pontiac Oakland Symphony Orchestra de Rochester e a Orquestra Sinfônica de Campinas e tem participado de encontros e cursos no Brasil, EUA, Alemanha e Bélgica, destacando a ANPPOM, o “3rd. International Chamber Music Academy”, na Bayerische Musikademie Hammelburg (Alemanha), “The Piano Institute”, no Colby College em Waterville, Maine (EUA) e  em 2003, foi selecionada para a International Academy for Music Theory no Orpheus Institute, em Ghent (Bélgica). Na Dissertação de Mestrado e nos recitais, cursos e artigos  tem divulgado a pesquisa sobre  música brasileira. e-mail: pianista@terra.com.br

Maria Lúcia Pascoal - Doutora em Música (UNICAMP), Professora e pesquisadora na área de Linguagem e Estruturação Musical no Departamento de Música do Instituto de Artes da UNICAMP, onde coordena o grupo Musicanálise. É associada ao Centre de Documentation - Claude Debussy, Paris (França); ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música; ABEM; Associação Brasileira de Educação Musical e Academia de Música de Campinas. Integrante da Comissão de Especialistas do Ensino de Música (MEC), assessora ad-hoc da FAPESP, do MEC, da CAPES, do FAEP. Colabora nas principais publicações especializadas em música no Brasil. É autora de  Estrutura  Tonal: Harmonia (Companhia Editora Paulista)  <www.cultvox.com.br> Em 2002 participou do I Congresso Internacional Villa-Lobos, em Paris e em 2003, foi selecionada para a International Academy for Music Theory no Orpheus Institute, em Ghent (Bélgica). É Editora da revista OPUS, da ANPPOM (2003-4). e-mail: alux@rcm.org.br

Notas

[1] Cf. STRAUS, 2000, p. 1-60; 236-7.

[2] Mário de Andrade chama a atenção para a preferência por frases melódicas descendentes na música urbana brasileira (ANDRADE, 1972, p. 45-7).