Revista eletrônica de musicologia

Volume XI - Setembro de 2007

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A Bar Form nas canções de Nepomuceno


Rodolfo Coelho de Souza (USP)


Resumo: Tomando como ponto referência a "Bar Form" - uma forma poético-musical característica da canção alemã - este trabalho discute a hipótese de que Nepomuceno teria utilizado modelos europeus para o desenvolvimento de um projeto de canções brasileiras de câmara. A análise de duas canções, "O wag'es nicht" e "Coração indeciso", estabelece a existência de uma ponte de ligação entre as formas utilizadas nos repertórios compostos em língua estrangeira e em português. Essa constatação circunscreve alguns limites para a referida hipótese.


Introdução


A historiografia musical brasileira tem postulado que, em princípios do século vinte, a partir da emulação do Lied europeu, apareceu no Brasil um novo gênero: a canção de câmara erudita brasileira. Esse gênero teria nascido do desafio de utilizar poemas em português, e a seguir encontrado sua essência com a incorporação de elementos musicais considerados autênticamente brasileiros. Embora essa historiografia reconheça a existência de precursores na obra dos românticos do século dezenove, considera que a formação desse gênero ocorreu somente a partir da obra de Alberto Nepomuceno.

José Maurício, Francisco Manuel da Silva e Carlos Gomes escreveram belas modinhas que ainda hoje gozam de certa popularidade, mas os seus trabalhos jamais foram incluídos nos estranhos programas dos virtuosi de então. A aceitação da música brasileira, da canção em língua nacional, nos concertos do repertório erudito, data do começo do século XX, graças aos esforços de Alberto Nepomuceno, a primeira grande figura do Lied no Brasil. (MARIZ 2002, p.30).

A tese implícita nessa afirmação - que com conteúdo similar circula em textos de outros autores da nossa musicologia - é que Nepomuceno, posicionando-se em defesa do canto em português numa polêmica travada com críticos da época, teria se sentido desafiado a compor canções tipicamente brasileiras. Para realizar esse projeto teria adaptado modelos da canção erudita européia, especialmente do Lied alemão, e, a seguir, incorporado materiais musicais de caráter nacional.

Uma das dificuldades para demonstrar a primeira parte dessa tese é conseguir individualizar características nas canções de Nepomuceno que fossem marcantes no repertório do Lied europeu e ao mesmo tempo ausentes da tradição da canção brasileira anterior, isto é, nas modinhas e nas árias de influência italiana.

Uma possibilidade surgiu quando, analisando a canção de Nepomuceno O wag'es nicht, sobre poema em alemão de Nikolaus Lenau, verificamos que ela tem a estrutura de uma Bar Form, uma forma muito antiga e marcante na tradição do Lied alemão. Esta peça, datada de 1894, da fase de estudos do compositor na França, comprova que naquele momento ele estava absorvendo conhecimentos composicionais típicos da tradição do Lied.

A seguir escrutinamos o repertório de canções em português de Nepomuceno para verificar a ocorrência de utilização dessa mesma forma. Encontrou-se apenas uma canção, escrita em 1903, que utiliza a Bar Form.
A análise comparativa dessas duas canções, que expomos a seguir, pode ajudar a esclarecer a gênese da canção de câmara brasileira realizada na obra de Nepomuceno.

O modelo Bar Form

A Bar Form é uma forma poético-musical cuja origem remonta à poesia medieval alemã. Os minnesingers, trovadores pertencentes às classes nobres, que exerceram sua arte nos séculos XII ao XIV, escreveram poemas e canções de amor cortês utilizando a forma Bar. Os Meistersinger, que os sucederam nos séculos XIV a XVI, continuaram a usar essa forma. A Bar Form  cristalizou-se na tradição do Lied pela utilização do padrão formal AAB.  


Na Bar Form - AAB - a frase melódica A é cantada duas vezes sobre o texto dos dois primeiros versos de cada estrofe (chamados de Stollen), o último, B (chamado de Abgesang), geralmente mais longo e cantado apenas uma vez, contém material melódico novo. (GROUT 1996, p.67).

Uma das razões pelas quais essa forma assumiu grande importância na cultura alemã protestante é que os corais luteranos são frequentemente compostos em Bar Form. No século dezenove, os Meistersingers e as formas musicais a eles associadas, ganharam, na ópera Os Mestres Cantores de Nurenberg de Wagner, valor de símbolo da cultura alemã. Também em diversas outras situações, algumas menos previsíveis, como no dueto "Là ci darem la mano" do Don Giovanni de Mozart, encontramos o uso dessa forma.

É importante ressaltar as diferenças entre a Bar Form AAB e os modelos binário AB e ternário ABA, entre os quais ela se situa. A Bar Form não é um binário que apenas repete a primeira parte, porque sua seção final B (Abgeseng) quase sempre incorpora segmentos das partes anteriores A (Stollen) para promover uma mudança intrínseca no sentido daquele material. Há na seção final da Bar Form um sentido de contraposição às partes anteriores que não é característico da forma binária. Por outro lado, conforme enfatiza Julio Bas (BAS 1947, p.170), a estrutura tonal da Bar Form, diferentemente da forma ternária, deve permanecer numa única tonalidade. A segunda seção é uma repetição sem transposição da primeira, com eventuais mudanças ornamentais. A terceira deve apresentar algum contraste com as seções anteriores para ser considerada uma seção diferente, e muito embora reaproveite fragmentos delas, não pode servir-se da estratégia de uma modulação global para alcançar esse contraste porque nesse caso a peça terminaria fora da tônica. Por isso é frequente que breves modulações ou tonicizações ocorram transitoriamente, especialmente na terceira parte.

Que autores teriam servido de modelo a Nepomuceno na utilização da Bar Form? Cogitamos, inicialmente, que tivesse existido uma influência dos Lieder de Hugo Wolf sobre Nepomuceno, tão próximas e avançadas para o período, pelo uso de alterações cromáticas, nos pareciam as respectivas linguagens harmônicas. A constatação de que a Bar Form aparece com frequência nas canções de Wolf - por exemplo nas canções Der Gärtner (No.17) e Gebet (No.28) do primeiro ciclo de Wolf, sobre poemas de Möricke, de 1888 - poderia confirmar este elo entre Nepomuceno e Wolf. Todavia Lawrence Kramer esclarece que as canções de Wolf só obtiveram repercussão pública a partir da "atividade da Wolf-Verein (Sociedade Wolf) em Viena, a qual em oito anos de existência (1897-1905) promoveu vinte e seis concertos das canções de Wolf" (KRAMER 1996, p.196). Nesses concertos Wolf declamava os poemas e a seguir fazia executar sua versão musicada. A canção de Nepomuceno, objeto de nosso estudo, é de 1894. Embora seis anos posterior às primeiras canções de Wolf sobre textos de Möricke, é três anos anterior ao início da repercussão pública da sua obra. Portanto é pouco plausível advogar influências de Wolf sobre Nepomuceno. Se há coincidências de estilo é porque ambos estavam sintonizados com as inquietações da linguagem musical do seu tempo.

Nos Lieder de Brahms a Bar Form também aparece, porém com muito mais frequência numa variante em que há no final uma breve recorrência parcial do material inicial, como uma reminiscência, que altera o sentido da forma, aproximando-a das estruturas ternárias. Anterior-mente a Brahms a forma ternária parece não ter tido uma tradição forte no Lied alemão. Musgrave aponta que um tipo de forma ternária no qual "a idéia central da primeira estrofe é sutilmente variada para criar uma segunda estrofe (ou grupo central), contrastante mas relacionada à primeira, antes de ser recapitulada por uma reprise variada da primeira, é talvez a mais característica contribuição de Brahms à tradição germânica" (MUSGRAVE 1985, p.44).

Essa propensão de Brahms a promover o retorno do material inicial na conclusão da canção justifica que, ao usar a Bar Form, ele tenha preferência por essa variante chamada de Reprisenbar. Hancock, analisando a canção Die Trauernde Op.7 No.5 de 1852 (e também, com resultados semelhantes, Schön war, das ich dir weihte Op.95 No.7 de 1884) comenta:

As três estrofes estão na forma Reprisenbar (AABa) em Lá menor. Cada uma das duas primeiras estrofes constitue uma previsível e até monótona Stollen. Quando a Abgesang começa, contudo, o registro desloca-se para o agudo, ... culminando num inesperado, ou mesmo chocante acorde de Lá maior, ...e a canção termina com um retorno da parte final do Stollen, uma volta à resignação. (HANCOCK 1996, p.126).

Deve-se ressaltar que a variante Reprisenbar AABa não deve ser confundida com a forma AABA. Esta pode ser considerada uma variante da forma ternária ABA, com a mera repetição da primeira estrofe. O retorno de materiais na Reprisenbar (indicada pelo 'a' minúsculo na fórmula AABa) faz-segeralmente por uma breve citação de parte do material da Stollen (seja de seu início, seja do fim), como fechamento da Abgesang. Formalmente esse retorno não pode ser considerado uma nova seção, apenas um prolongamento da última parte.

Verifica-se que em O Wag'es Nicht Nepomuceno escolhe usar a variante Reprisenbar, o que nos permite presumir uma influência de Brahms. Já a canção Coração Indeciso, além de apresentar características fraseológicas diferentes de O Wag'es nicht, tem uma forma geral que segue o modelo clássico AAB da Bar Form.

Comentários analíticos sobre O Wag'es Nicht

O wag' es nicht, mit mir zu scherzen,
zum Scherze schloss ich keinen Bund;
o spiele nicht mit meinem Herzen,
weisst du noch nicht, wie sehr es wund?

Weil ich so tief für dich entbrannte,
weil ich mich dir gezeigt so weich,
dein Herz die süsse Heimat nannte,
und deinen Blick mein Himmelreich.

O rüttle nicht den Stolz vom Schlummer,
der süsser Heimat sich entreisst,
dem Himmel mit verschwiegnem Kummer,
auf immerdar den Rücken weist.

 

Não ouses brincar comigo,
Por graça não travo união;
Não troces com meu imo,
Pois machuca! sabes não?

Por ti tão forte queimava,
E assim mostrei-me passível;
Teu coração, doce morada,
Teu olhar chamei paraíso.

Não perturbes o prazer do enlevo
Que da doce morada se livra,
Ao céu, em tom-desalento,
Para sempre as costas vira.

 

A estrutura em três estrofes do poema de Lenau (tradução de Ricardo Hiendlmayer Neto), com as duas primeiras estrofes em tom de queixa amorosa (seções A: comp. 1-9 e A': comp 10-18), e a última com o sujeito mudando para uma atitude de rejeição da amada (seção B: comp.19-25, a: comp.26-31), sugeriria naturalmente a Bar Form que Nepomuceno utilizou na música desta canção. A coincidência com a variante da Reprisenbar preferida de Brahms, nos faz supor que, também aqui, Nepomuceno tenha utilizado modelos brahmsianos, como em outras obras do período em que foi composta esta canção (como a Sonata para piano em Fá menor Op.9, do ano anterior, que é eloquente nesse sentido). Os estudos em Berlim, poucos anos antes, com Heinrich Herzogenberg, um ardoroso admirador de Brahms (CORRÊA, 1985), ainda deviam estar fortemente presentes no espírito do jovem compositor.

As três seções permanecem centradas em torno de uma tonalidade, Si menor, um requisito que já justificamos acima. Entretanto, na seção A, Nepomuceno realiza uma breve tonicização da dominante e a seção B inicia-se com uma modulação para a tônica relativa, que a seguir caminha, cromaticamente (enfatizando a mudança de atitude do poema), de volta à tônica Si menor.

Os encadeamentos típicos do cromatismo pós-wagneriano nos permitem enquadrar o estilo harmônico desta canção dentro das tendências de vanguarda da música européia do fim do século dezenove. Diversas passagens merecem destaque pela sua criatividade harmônica. Na passagem dos compassos 7-8, o baixo cromático suporta uma resolução de engano: o acorde de sétima diminuta, que cria a expectativa de progredir para a subdominante, resolve na subdominante napolitana. Já no compasso 20, a condução cromática ao acorde da napolitana tem caráter meramente ornamental, como um "acorde borda-dura". Nas passagens dos compassos 20 para 21, e 21 para 22, o encadeamento das harmonias se dá por mero deslizamento cromático, ignorando as expectativas de funcionalidade tonal dos acordes. Ressalve-se que estas passagens de harmonia cromática certamente permitiriam outras interpretações. O que importa salientar é, que nesses encadeamentos, Nepomuceno estende a funcionalidade da harmonia aos limites de sua dissolução. Digna ainda de registro é, no compasso 23, a suspensão sobre o acorde de Tristão, de sabor tipicamente pós-wagneriano.

O modelo Bar Form nas canções em português

Percorrendo as 45 canções em português da obra completa para voz e piano de Nepomuceno (PIGNATARI, 2004), encontramos uma única canção que utiliza o modelo Bar Form. Trata-se da canção Coração Indeciso, publicada em vida do compositor pela Editora Sampaio Araujo & Cia do Rio de Janeiro, como seu Op.30 No.2, sobre o poema de Frota Pessoa transcrito abaixo.

Ao princípio era apenas simpatia,
já bem perto do amor,
e minha alma vibrava; a alma fulgia
num festivo esplendor.
E tu tão meiga e doce
e terna eras então...
Tomei como se fosse
meio sim, meio não!

Depois já era mais que simpatia,
muito mais, era amor
um palpitar perpétuo; a alma sofria
num perpétuo terror.
Mas teu olhar espera!
dizia. E que expressão!
Comigo tinha que era
meio sim, meio não!

Finalmente foi mais que simpatia
e foi mais do que amor;
foi paixão, desvario; eu não vivia
senão por seu favor.
Mas tu quando eu por fim
te abri meu coração,
não me disseste sim
nem me disseste não.

Obviamente não se trata de um poema da grande qualidade literária, mas, tal como Brahms, Nepomuceno muitas vezes preferiu recorrer a versos sugestivos, embora literariamente medianos, de autores contemporâneos, de suas relações pessoais, hoje quase desconhecidos, sobre os quais ele se sentia à vontade para escrever música com força expressiva que sobrepuja o poema.

O crítico Otávio Beviláqua, contemporâneo de Nepomuceno, referiu-se a esta canção como "uma modinha metida a besta" (MARIZ 2002, p. 62). Esse comentário me parece um equívoco. Não existe nesta canção o caráter típico da modinha. O estilo melódico é declamatório, quase recitativo, em oposição ao cantabile das modinhas. Sob o ângulo formal, a modinha tenderia a enfatizar o caráter estrófico do poema, enquanto o uso estrito da Bar Form introduz uma modificação radical de sentido na última estrofe.  Portanto não há aqui elementos formais que nos remetam ao estilo das modinhas, nem há traços de pedantismo que justifiquem o comentário pejorativo de Beviláqua, aparentemente endossado por Mariz.

As duas primeiras estrofes repetem seus materiais musicais com variações mínimas. A mudança mais sugestiva é, no compasso 28, a introdução de um Fá# como ponto culminante da melodia da segunda estrofe, realizada como apogiatura superior. A linguagem harmônica é francamente tonal, com muito menos recurso aos cromatismos wagnerianos que a canção em alemão. A estrutura tonal alterna, nas duas primeiras estrofes, os modos menor e maior da tonalidade de Mi. A terceira estrofe, que se inicia com um desenho igual ao das duas estrofes anteriores, já no segundo compasso apresenta um desenho melódico diferente, embora a harmonia continue sempre semelhante. A frase final, cujo equivalente na Stollen contrastava pelo modo maior, sugerindo o sentimento de esperança do sujeito, na Abgesang permanecerá em menor, para acentuar a desilusão do sujeito. Afora o uso ocasional de antecipações e suspensões que turvam sutilmente a clareza funcional dos acordes, e uma passagem cromática não-funcional no compasso 16, pouco há para comentar a respeito da inventividade harmônica desta música. Embora não se possa generalizar a partir de um único caso, verifica-se nesta canção a validade de nossa hipótese de que a complexidade do tecido harmônico-melódico de Nepomuceno se rarefaz nas canções em português, compara-tivamente à ambição aventurosa das primeiras canções em línguas estrangeiras.

Conclusões      

A tese de que Nepomuceno desenvolveu a canção de câmara brasileira baseando-se no seu conhecimento da canção erudita européia, especialmente do Lied alemão, comporta duas leituras. A primeira, cuja prova é quase auto-evidente pela mera audição de suas obras, é que Nepomuceno pretendeu compor canções brasileiras com a mesma ambição artística que o Lied tinha na cultura européia. Em outras palavras, canções com uma relação intrínseca entre música e poesia extraida de fontes literárias, canções com uma escrita harmônico-melódica comprometida com as linguagens musicais avançadas em seu tempo. A segunda leitura, mais sutil, que requer comprovação, é que para a realização do seu projeto de canções em língua portuguesa, Nepomuceno teria transplantado modelos da tradição européia, para dar conta dos objetivos acima referidos.

Uma maneira que encontramos de testar esta segunda hipótese foi selecionar uma característica marcantemente idiomática da canção européia, verificar sua ocorrência nas poucas canções que Nepomuceno escreveu em língua estrangeira e, com sorte, encontrá-la também nas canções em português.

Um dos modelos idiossincráticos da canção alemã é a chamada Bar Form. Esta pesquisa demonstrou que Nepomuceno de fato conhecia este modelo porque empregou-o numa canção composta sobre poema em alemão, numa variante chamada de Reprisenbar pela qual Brahms tinha preferência. Essa coincidência nos permite afirmar que as canções de Brahms são a fonte provável dos modelos que Nepomuceno utilizou quando se deixou influenciar pelo Lied alemão.

A pesquisa constatou também que, em pelo menos uma, mas apenas em uma de suas canções em língua portuguesa, Nepomuceno utilizou o modelo formal clássico da Bar Form. Como essa canção pertence ao período central de sua produção, e não às primeiras tentativas de escrever sobre poemas em português, não se pode deduzir desse achado que a assimilaçao de modelos europeus tenha sido a chave imediata do caminho que ele utilizou para criar o gênero da canção erudita em língua portuguesa. Pode-se porém afirmar que suas canções em língua materna continuaram a dialogar com os modelos das canções européias ao longo de sua carreira, como se esses modelos fossem um repositório de signos carregados de conotações significantes, pertinentes à nossa cultura, que eram resgatados à medida que as relações intrínsecas da composição justificavam.


 

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Referências

BAS, Julio. Tratado de la forma musical. Buenos Aires: Ricordi, 1947.

CORRÊA, Sergio N. A. Alberto Nepomuceno: catálogo geral. Rio de Janeiro: Funarte, 1985.

GROUT, Donald e PALISCA, Claude. A history of Western music. New York: W.W. Norton. 5a.ed, 1996.

HANCOCK, Virginia. Johannes Brahms: Volkslied/Kunstlied. In: HALLMARK, Rufus (org.) German Lieder in the nineteenth century. New York: Schirmer, 1996.

KRAMER, Lawrence. Hugo Wolf: Subjectivity in the Fin-de Siècle Lied.In: HALLMARK, Rufus (org.) German Lieder in the nineteenth century. New York: Schirmer, 1996.

MARIZ, Vasco. A Canção brasileira de câmara. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2002.

MUSGRAVE, Michael. The Music of Brahms. Londres: Clarendon, 1985.

PIGNATARI, Dante; COELHO de SOUZA, Rodolfo (org.). Alberto Nepomuceno: Canções para Voz e Piano. São Paulo: EDUSP, 2004.

 

Partituras analisadas

O wag’es nicht. Alberto Nepomuceno (música); Nicolau Lenau (letra).

Coração indeciso
. Alberto Nepomuceno (música); Frota Pessoa (letra).

 

 

 

 

 

Rodolfo Coelho de Souza é professor e coordenador do Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto. É Mestre pela Universidade de São Paulo e Doutor em Composição pela University of Texas at Austin.